quinta-feira, 20 de maio de 2010

Vereadores de Timóteo Reclamam de morosidade da Administração Pública

A reunião ordinária dessa segunda-feira (17/05) foi marcada por críticas à Administração Municipal. Vários parlamentares comentaram a morosidade da atual gestão. O vereador Wanderley Nobre (PSB) criticou a demora do Executivo Municipal com relação a execução de leis aprovadas pelo Legislativo. “A questão da Ascati não foi resolvida, a ciclovia da regional leste não foi construída, o passe-livre para idosos e deficientes foi cancelado. Falta é boa vontade política”, disparou.

O petista José Vespasiano – Vespa reiterou a posição do colega. “Faço coro com Wanderley (Nobre) sobre a morosidade da Prefeitura. Em 2009, o Governo Federal liberou verba para Timóteo para construção de quadra coberta em escola e até hoje a licitação não foi feita. Esperamos mais atitude da Administração”, criticou.

Outros vereadores observaram o problema da morosidade. Moacir de Castro (PSDB) concordou que existe demora. “Há mesmo falha de comunicação com o prefeito. Essa situação do pessoal da saúde (UPA e Tio Questor) não poderia ter acontecido. Há também um gargalo entre o planejamento e a licitação. Várias obras estão agarradas por falta de planejamento. Esse ano tem que agilizar as obras, mais pra frente vem ano político e aí não pode”, comentou Moacir. “E os recursos do governo federal estão aí”, emendou a presidente da Câmara, Guaraciaba Gomes.

Quem também fez coro em relação à morosidade do atual administração pública foi a vereadora Virgínia Scarpatti (PDT). “O planejamento está muito devagar, esse setor tem que ser mais objetivo para realizar as obras. Outro dia pedi a um secretário um projeto para que eu pudesse trazer a verba da obra para o município e até hoje não me deu”, comentou Virgínia.

Tribuna livre

O morador do bairro Recanto Verde, Geraldo Cirilo Filho, fez uso da tribuna para solicitar aos vereadores que seja feito um projeto de lei para viabilizar a construção de área de lazer no bairro. Cirilo também agradeceu a intervenção da presidente da Casa, Guaraciaba Gomes Martins Araújo (PMDB), junto à Caixa Econômica Federal para resolver a questão dos mutuários do Recanto Verde.

A tribuna também foi usada pelo cidadão Luis Carlos Ribeiro para criticar a dificuldade em inscrição na tribuna livre. “Não consigo me inscrever na tribuna porque a Administração Municipal tem colocado seus funcionários para usar esse espaço para falar sobre a atuação do Executivo”, reclamou. Ribeiro também criticou a presença maciça de servidores público da Prefeitura nas reuniões da Câmara. “Quando há reunião ocorre ponto facultativo na PMT, já que, quando alguém da (Secretaria) Saúde vai falar, os servidores daquela Secretaria estão todos no plenário”, ironizou.

Servidor Público

O vereador Douglas Willkys (PSB) fez uso da palavra para criticar o prefeito Geraldo Hilário em relação aos servidores públicos, citando a retirada do benefício dos funcionários do UPA do bairro Olaria e Asilo Tio Questor e ainda a proposta da reajuste salarial deste ano para todos os servidores municipais que ficou definida em 10%, em quatro parcelas a cada sessenta dias: uma de 4%, e as três restantes de 2%. “A administração continua com métodos não muito respeitosos com o cidadão, principalmente com o servidor público. Os servidores do UPA e do Tio Questor não mereciam abrir o contra-cheque e não ver o benefício lá com o qual ele contava todo mês. E quanto ao reajuste salarial, depois de um ano de aumento zero, o sindicato tem a proposta de 10% dividido em quatro vezes. Fiz um estudo da reforma administrativa feita pelos dois últimos prefeitos. Numa comparação simples, consta que os mesmos cargos davam à folha de pagamento um custo de R$ 55 mil na gestão Geraldo Nascimento. Nessa gestão atual, são R$ 290 mil, por isso não tem dinheiro para dar reajuste ao servidor”, disse Douglas.

O vereador falou também da suspensão da carteirinha do passe livre nos ônibus, problema que teria sido causado mais uma vez por falha de comunicação na PMT. “Da mesma forma, não merecia o idoso e o deficiente físico que tinha uma carteirinha para passe livre, receber a notícia do trocador do ônibus que a carteirinha não vale mais. Isso poderia ter sido explicado pela prefeitura e essa situação teria sido amenizada. Tem gente que entra no ônibus sem dinheiro nenhum, só com a carteirinha, imagina o constragimento”, observou. O vereador Moacir falou sobre a questão. “A suspensão foi falha de comunicação dentro do governo, porque tinha gente com o mindim quebrado, joelho machucado com a carteirinha e isso tinha que acabar”.

Entrevista em rádio

Ainda dentro do seu tempo, o vereador Douglas Willkys reclamou da entrevista do prefeito Geraldo Hilário à rádio Itatiaia. “No dia 10 de maio ele (prefeito) foi à Itatiaia e falou que há uma oposição “burra” que não deixa ele trabalhar. A oposição tem feito um papel importante de alertar sobre o “câncer” que atinge essa cidade. Ele tem que olhar bem o que fala na rádio. Precisamos que o dinheiro do povo seja tratado com dignidade. Tenho certeza que não estou fazendo nosso papel de forma irresponsável: a Oscip não está mais aí. E mais, eu não tenho nada com mandatos de quem passou, tenho com o meu mandato”, lembrou Douglas. O vereador Moacir, respondeu. “Há muitos políticos que se equiparam com uma “carroça vazia”, fazem muito barulho e nada pela comunidade. Um vereador vir falar que o prefeito tem que medir suas palavras no rádio, a que ponto chegamos. Vamos respeitar o prefeito porque o pagamento está em dia e os funcionários tiveram várias progressões ano passado. Tenho certeza que o prefeito não vai ser indiciado, não há provas contundentes”, rebateu.
Fonte: http://www.plox.com.br/

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