TIMÓTEO – Mais de 30 funcionários lotados na área da saúde da Prefeitura Municipal de Timóteo realizaram protestos em diferentes pontos da cidade, na tarde desta quarta-feira (5). O primeiro local da manifestação foi em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Olaria. Os servidores prometeram paralisar os serviços durante a noite desta quarta.
A categoria reivindica da Administração Municipal o retorno do pagamento da gratificação especial de 20% sobre os salários, que foi suspensa inexplicavelmente no mês passado. Muitos servidores que participavam do movimento não quiseram conversar com a imprensa, com medo de retaliações. O grupo se deslocou ainda para o Centro de Acesita e para a porta da Prefeitura Municipal, onde distribuía carta aberta para a sociedade.
O benefício era concedido aos funcionários da UPA e do Sodalício Tio Questor como forma de compensação pelo trabalho no período noturno, e pela jornada dos finais de semana e feriados. O acordo foi homologado em uma negociação feita entre a Prefeitura e Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinsep), em 1995. Carta redigida pelos manifestantes dizia que “seria mais coerente dar um reajuste digno para o servidor, bem como cortar cargos de confiança ao invés de cortar gratificação para aos funcionários há mais de 15 anos”.
Atestado de demissão
João Bosco de Souza, técnico de enfermagem, disse que a PMT não valoriza os funcionários que tem, pois muitos funcionários já possuem o curso superior de enfermagem e até mesmo especialização na área de urgência e emergência. “O salário que ganhamos é miserável e irrisório para o nível de responsabilidade que desempenhamos. Nem tenho coragem de falar o valor, pois eles reduziram o contracheque que já era muito pequeno”.
Por ser um funcionário contratado, João Bosco disse que ao dar entrevista estava assinando sua carta de demissão. “Com a minha atitude hoje de aderir ao protesto vou acabar sendo demitido. Mas não posso deixar de manifestar a minha indignação. Estou decepcionado com essa política do Geraldo Hilário (PDT). Não pagam insalubridade e nem hora-extra. A saúde é uma área importante para a cidade, e não estão dando o devido valor e atenção a quem efetivamente cuida do povo”, declarou.
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