quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Presidente pede esclarecimentos sobre atraso na obra de quadra poliesportiva

O presidente da Câmara, Douglas Willkys (PSB) convocou uma reunião, para a manhã desta quarta-feira (28), com a empresa VM Engenharia e Construções LTDA e a prefeitura, para obter esclarecimentos sobre o atraso na obra de construção da quadra poliesportiva do distrito de Cachoeira do Vale. A quadra deveria ter sido entregue à população em agosto e até então não se vê condições da finalização da obra.

Um requerimento da mesa diretora solicita à administração municipal cópia dos contratos sobre a obra da quadra para ter entendimento do motivo da lentidão. “Desde o ano passado o Município contratou a empresa VM, vencedora da licitação, para a construção da quadra poliesportiva. A comunidade começou a reclamar da demora, informando que os funcionários não tinham equipamentos e não estavam recebendo em dia. O prazo que o representante da VM me passou em julho foi que obra estaria pronta em agosto e até agora nada. Tendo em vista o pedido da população, convoquei essa reunião, pois o Legislativo não se furta do seu papel fiscalizador”, disse Douglas. Estiveram presentes na reunião o representante da VM Engenharia e Construções LTDA, Vicente de Paulo; a gerente da secretaria municipal de Obras, Rosana Abreu Nascimento; além de vereadores e assessores parlamentares.

Vicente de Paulo falou o porquê do atraso na obra. “Ao longo da execução da obra tivemos vários problemas, tanto da nossa parte quanto das outras partes envolvidas. A Copasa avaliou a obra e disse que teria que ser remarcada. Aí veio o período chuvoso. Estamos recebendo com atraso, o tempo entre a a execução e o recebimento está longo. Outro ponto, há uma disparidade no quantitativo da obra entre o que é realmente e o que está na planilha da prefeitura. Na planilha, a quantidade está aquém do que é. Então acaba faltando material e recursos. Precisamos dos aditivos oficiais da prefeitura. Não dá para trabalhar sem receber, manter trabalhadores desse ramo é caro. Até pedimos informalmente ajuda ao presidente da Câmara em tempos passado, porque isso tudo acarreta prejuízo para a gente da empresa, para a prefeitura e para a população”, argumentou Vicente.

A gerente da secretaria de Obras citou a posição da prefeitura. “O grande problema é em relação à mão de obra, pois vamos lá na obra e só têm duas pessoas trabalhando. Ontem fomos lá e não tinha ninguém. Então ficamos inseguros. A Caixa Econômica só libera os recursos se a obra segue, apresentando as medições. Quanto aos aditamentos, já estão sendo providenciados. A questão é: quanto mais rápido a obra andar, mais rápido a prefeitura paga a empresa, porque assim a Caixa libera os recursos para nós”, justificou Rosana.

O presidente da Câmara ressaltou que teve informações junto à Caixa que a obra tem que ser entregue até dezembro deste ano, caso o prazo não se cumpra, haverá mais dificuldades em liberar os recursos. Rosana disse que um novo cronograma será feito. Já Vicente afirmou que com os aditivos oficializados, a obra ficará pronta em novembro. “É preciso agilizar a obra. Cada um tem que fazer a sua parte para as coisas andarem”, observou Douglas.

Mão de Obra

Uma das questões que acarretou o atrasado na obra da quadra poliesportiva do Cachoeiro do Vale, segundo o representante da empresa, é rotina para quem precisa de mão-de-obra qualificada na construção civil: tanto pessoas físicas como pessoas jurídicas reclamam da dificuldade em

conseguir pedreiros. Para Vicente o problema ficou ainda pior depois do lançamento do programa de habitação do governo federal. “Antes, era só colocar anúncio no jornal que aparecia muitos pedreiros qualificados trabalhar. Com o Minha Casa, Minha Vida, a Caixa financia tudo por aí, então os pedreiros bons largaram as empresas para virarem empreiteiros. Então é difícil achar mão de obra e quando consegue, é por um preço absurdo”, desabafou Vicente de Paulo.

Fonte: Com. CMT

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